Na hora de comprar um carro é preciso ter cuidado. A negociação do contrato de financiamento pode esconder armadilhas que prejudicam os consumidores. O automóvel comprado com o mesmo prazo de financiamento, exaxtamente com a mesma financeira, pode ter preços diferentes, dependendo do vendedor que atender o cliente. As revendas de veículos conseguem lucrar em cima das prestações sem que o comprador saiba disso.
Nem sempre o cliente tem escolha. A reportagem do 'Jornal Nacional' visitou com uma câmera escondida dez revendas de automóveis de Porto Alegre em um único dia. Foi pedido um financiamento de R$ 15 mil para a compra de um carro do ano de 2006 em 36 parcelas. Em uma das lojas, o vendedor informou que cada parcela sairia por R$ 650. Em outro estabelecimento, com a mesma financeira, o valor caiu para R$ 601.
A diferença de R$ 49 se deve por causa da "taxa de retorno", uma espécide de comissão que muitos bancos e financeiras oferecem às revendas como prêmio para quem fechar contratos. De acordo com o advogado Peri Fernandes Corrêa, especializado em finanças, o comprador é quem, sem saber, paga o bônus. "O problema é que o banco repassa o custo deste comissionamento para o consumidor", diz o advogado.
O vendedor de uma das lojas visitadas explica que a taxa de retorno é calculada pelos próprios funcionários e fica para a loja. De acordo com o funcionário, a financeira dá uma possibilidade da loja ganhar uma comissão sobre o financiamento.
Sem a cobrança do ágio, a parcela do financiamento de R$ 15 mil seria de R$ 593 em 36 vezes. Com a maior taxa de retorno do mercado, a parcela subiria para 673. No final do financiamento, o cliente deveria pagar, sem a taxa, o total de R$ 21.348. Com a cobrança da comissão, o financiamento de R$ 15 mil acabaria em R$ 24.192, ou seja, uma diferença de R$ 2.844 a mais para a revenda.
Muita gente só percebe esse abuso bem mais tarde, quando fica difícil manter em dia as prestações. Por isso, o Procon recomenda que o consumidor pesquisa e exija que as revendas expliquem o que se está pagando a cada mensalidade.
"Qualquer taxa de retorno para a empresa que vende o carro, ela é uma lesão ao consumidor, porque ela é um benefício que o consumidor está pagando que não é próprio, é para a revenda", explica Adirana Burguer, coordenadora do Procon-RS.
Fonte: globo.com.br
Nem sempre o cliente tem escolha. A reportagem do 'Jornal Nacional' visitou com uma câmera escondida dez revendas de automóveis de Porto Alegre em um único dia. Foi pedido um financiamento de R$ 15 mil para a compra de um carro do ano de 2006 em 36 parcelas. Em uma das lojas, o vendedor informou que cada parcela sairia por R$ 650. Em outro estabelecimento, com a mesma financeira, o valor caiu para R$ 601.
A diferença de R$ 49 se deve por causa da "taxa de retorno", uma espécide de comissão que muitos bancos e financeiras oferecem às revendas como prêmio para quem fechar contratos. De acordo com o advogado Peri Fernandes Corrêa, especializado em finanças, o comprador é quem, sem saber, paga o bônus. "O problema é que o banco repassa o custo deste comissionamento para o consumidor", diz o advogado.
O vendedor de uma das lojas visitadas explica que a taxa de retorno é calculada pelos próprios funcionários e fica para a loja. De acordo com o funcionário, a financeira dá uma possibilidade da loja ganhar uma comissão sobre o financiamento.
Sem a cobrança do ágio, a parcela do financiamento de R$ 15 mil seria de R$ 593 em 36 vezes. Com a maior taxa de retorno do mercado, a parcela subiria para 673. No final do financiamento, o cliente deveria pagar, sem a taxa, o total de R$ 21.348. Com a cobrança da comissão, o financiamento de R$ 15 mil acabaria em R$ 24.192, ou seja, uma diferença de R$ 2.844 a mais para a revenda.
Muita gente só percebe esse abuso bem mais tarde, quando fica difícil manter em dia as prestações. Por isso, o Procon recomenda que o consumidor pesquisa e exija que as revendas expliquem o que se está pagando a cada mensalidade.
"Qualquer taxa de retorno para a empresa que vende o carro, ela é uma lesão ao consumidor, porque ela é um benefício que o consumidor está pagando que não é próprio, é para a revenda", explica Adirana Burguer, coordenadora do Procon-RS.
Fonte: globo.com.br