O grande obstáculo para a disseminação da etiqueta é que a adesão ao programa ainda é voluntária. Apenas Fiat, General Motors, Kia, Volkswagen e Honda aderiram ao PBE Veicular e enviaram para o Inmetro os dados que consumo que permitiram avaliar os modelos que consomem mais e menos combustível. E, por enquanto, com exceção da Kia, nenhum o outro fabricante tem planos de colocar o adesivo nos automóveis que já receberam a classificação.
Como os resultados que levaram ao ranking foram obtidos em testes de laboratório, Paulo Roberto Garbossa, consultor da ADK Automotive, empresa especializada na análise do comportamento do setor automotivo, lembra que o selo serve apenas como parâmetro para o consumidor de comprar um carro da mesma categoria. “Não quer dizer que a pessoa vá conseguir o mesmo índice de consumo no seu veículo. Cada motorista tem seu modo de dirigir, o que influencia totalmente comportamento do automóvel. Por exemplo, há pessoas que pisam mais no acelerador, o que eleva o gasto do álcool ou gasolina”, salienta o especialista.
O Programa Brasileiro de Etiquetagem Veicular é para automóveis com motores de ciclo Otto (gasolina, flexíveis e GNV) e compara o consumo em várias categorias (compactos, médios e grandes). O levantamento apontou que o Fiat Mille é o carro mais econômico do país, fazendo 10,8 km/l com álcool e 15,7 km/l com gasolina (nos dois casos em trânsito urbano). Essa avaliação do modelo lhe garantiu a classificação “A”, de menor consumo na categoria. Por outro lado, alguns modelos da própria marca italiana tiveram a pior classificação de consumo (E), se comparados com concorrentes. Receberam esta classificação o Palio 1.4, Palio 1.8, Idea 1.4 e Siena 1.8.
Fonte: gazetadopovo.com