segunda-feira, 28 de junho de 2010

Governo bloqueará veículos que não comparecerem a recall

Quando determinada montadora identifica problemas em seu veículo, obrigatoriamente ela convoca consumidores a retornar às concessionárias. Por lei, o aviso sobre a necessidade do reparo deve ser feito por meios de comunicação — seja impresso, televisão, rádio e internet. Até aqui, nenhuma grande novidade. O que poucos sabem, no entanto, é que menos de 60% dos clientes atendem ao chamado, seja por falta de informação ou por não ter a dimensão da gravidade do problema, de acordo a Sociedade de Engenheiros da Mobilidade (SAE Brasil). Por esse motivo, daqui a 90 dias, entra em vigor uma lei que impede a transferência do veículo, caso o proprietário não tenha realizado os reparos estabelecidos por um recall.


Com a mudança, a responsabilidade do recall passou a ser também do dono do veículo. Para conseguir comunicar todos os clientes sobre a necessidade de recall, sem depender de que a pessoa tenha acesso aos informes na mídia, o Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) fechou parceria com os Correios. Os dados do atual proprietário serão levantados por meio do Registro Nacional de Veículos Automotores (Renavam) para que uma carta com o aviso chegue à casa da pessoa. É também pelo Renavam que o veículo será bloqueado para a venda ou desbloqueado.

A preocupação era que a montadora não conseguia alcançar todos os proprietários, por outro lado, não podemos disponibilizar dados pessoais. Desta forma, pelo Renavam, conseguimos localizar a pessoa e bloquear a transferência do carro sem o recall feito”, ressalta o diretor-geral Denatran, Alfredo Peres da Silva, sobre o sigilo do processo.

O sigilo é importante também para evitar o uso do sistema como mala direta para ações de marketing das montadoras, como aponta o engenheiro e conselheiro da SAE Brasil, Francisco Satkunas.

A base de dados do chamado Sistema de Monitoramento Online de Recall será integrada por órgãos públicos, como o Departamento de Proteção e Defesa do Consumidor da Secretaria de Direito do Consumidor do Ministério da Justiça (DPDC), além da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea).

O novo sistema é recebido de forma positiva pela SAE Brasil. Para a entidade, o monitoramento resolve o problema de carros que vão passar para a mão do terceiro ou quarto dono, por exemplo. “É uma forma bastante saudável de se alcançar o consumidor”, afirma Satkunas.


Fonte: autoesporte.com.br

quinta-feira, 17 de junho de 2010

Kasinski cresce 101% após aquisição por grupo Chinês

Após dez meses sob domínio da fabricante chinesa de motocicletas e motores CR Zongshen, a Kasinski anunciou nesta quinta-feira (17) crescimento de 101% nas vendas no Brasil entre janeiro e maio de 2010, com 5.807 unidades vendidas, contra 2.890 nos cinco primeiros meses do ano passado. Os números são resultados da reestruturação da empresa que inclui o lançamento de produtos inéditos no país e o reposicionamento de preços da marca.

“Nosso primeiro passo foi fazer uma faxina na casa, retirando do mercado as motocicletas que não seriam mais vendidas”, afirma Claudio Rosa, presidente da CR Zongshen. “Depois, lançamos novos produtos com preços mais condizentes com os praticados por outras marcas que atuam no país”. Atualmente a empresa conta com 12 modelos no mercado.


A expansão nas vendas, mesmo com a redução do portfólio de produtos, resultou em lucro líquido de R$ 1,4 milhão no primeiro trimestre, ante os R$ 2,3 milhões negativos registrados no mesmo período de 2009. “Conseguimos reduzir os preços dos produtos, pois reduzimos a despesa operacional da empresa com a nacionalização de produtos, que antes eram importados, e o aumento da escala de produção”, diz Rosa.

Em julho próximo, a marca irá inaugurar uma nova fábrica em Manaus que elevará a capacidade atual de cerca de 30 mil motos/ano para 110 mil unidades. A nova unidade prevê ainda a produção da Prisma elétrica, Comet 150 e a Scooter Prisma que serão lançadas no mercado até setembro deste ano. “Hoje, a Kasinski está inserida apenas em 12% dos segmentos de motos no Brasil”, afirma o presidente da CR Zongshen. “Com os novos produtos, principalmente a Comet de 150 cc, que representa uma fatia de mercado responsável por 71% das vendas no país e do qual nós deixamos de participar no ano passado, nossa meta é elevar a participação da Kasinski para até 26%.”

Para 2010, a empresa anunciou também o início das obras de um Complexo Industrial também em Manaus, um investimento de R$ 45 milhões para a construção de 133 mil m² em terreno próprio. A unidade deve entrar em operação em 2012 e terá capacidade de produção de 180 mil motos/ano. “Queremos fazer do Brasil o ponto de abastecimento da Kasinski na América Latina”.

Fonte: g1.com.br