O monocilíndrico de 125 cm³ feito na Itália é capaz de girar a 16.000 rpm. O kart foi emprestado pelo piloto Thomaz Soubihe Filho, o Tommy, que corre na Copa São Paulo da Granja Viana. "Não dá para alguém sem experiência com kart de corrida chegar e competir direto", diz.
Além dos pedais de acelerador e freio, o shifter tem alavanca de câmbio logo abaixo do volante, do lado direito. Há seis marchas e os comandos são sequenciais. Para trás, elas sobem. Para frente, descem.
A embreagem, acionada por uma aleta, é usada apenas na hora de arrancar. "Depois é só tirar o pé do acelerador para trocar as marchas", explica Tommy.
A avaliação foi feita durante um treino livre da categoria Parakart, para pilotos com deficiência física (leia mais à direita). O motor acabara de ser refeito - Tommy o amaciou por algumas voltas, antes de acelerarmos.
Mesmo acelerando pouco nas primeiras voltas, dá para perceber que esse kart é muito rápido. Feito o reconhecimento da pista, pé embaixo e a velocidade aumenta absurdamente, num ritmo impossível de experimentar até em carros de rua. As costas são empurradas contra o banco a cada subida de marcha de um modo que chega a assustar.
Numa pista travada como a da Granja, as curvas surgem rápido. Os freios, com dois discos na frente e um atrás, são bons.
No fim da tarde, Tommy alcançou os 127 km/h no fim da reta dos boxes. "Numa pista de alta, como a de Itu (SP), já chegaram a 180 km/h com o shifter", afirma.
CALENDÁRIO
Para ver de perto a Shifter e várias outras categorias basta passar no Kartódromo da Granja hoje, quando ocorre a quarta etapa da Copa São Paulo, das 8h às 19h. O endereço é Rua Dr. Tomas Sepe, 443, Jardim da Glória, em Cotia. A entrada é gratuita.
PARAKART
Aproveitamos para saber como é pilotar um parakart, modelo adaptado para portadores de deficiência nas pernas. Basicamente, é uma versão melhorada do kart de aluguel, com 15 cv.
As mãos controlam tudo. A direita comanda o acelerador, um manete preso ao volante. A esquerda aciona a grande aleta de freio fixada na coluna de direção.
Acelerar nem é tão difícil e faz lembrar um jet ski. O problema é acionar o freio, muito duro, a ponto de sobrecarregar o braço esquerdo. Mas os pilotos passam por cima de tudo isso e aceleram forte.
Fonte: Estadão.com.br - Jornal do carro
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