Tengzhong "comprará os direitos da marca premium Hummer, junto com sua direção executiva e equipe operacional", destaca o comunicado. "Também assumirá os acordos de distribuição sobre a rede de concessionárias da Hummer".
Um dia após pedir concordata, a General Motors havia anunciado a assinatura de um protocolo de acordo com um comprador, não identificado, para vender sua marca Hummer até o final do terceiro trimestre.
A venda será submetida ao juiz de falências e às autoridades de regulação, e deve preservar mais de 3 mil empregos nos Estados Unidos, entre operários, engenheiros e funcionários de concessionárias, destaca a GM.
O acordo prevê que as fábricas da GM seguirão produzindo os veículos Hummer durante um período. Segundo o Wall Street Journal, a GM recebeu ofertas em torno de 5 bilhões de dólares pela Hummer.
A Hummer, que já foi fonte de lucro para o grupo, tornou-se um peso após o aumento dos preços dos combustíveis reduzir a demanda por seus veículos utilitários de alto consumo de gasolina.
Outras marcas
Agora, a "velha" GM segue em busca de interessados na Saturn, Saab e Pontiac. A tentativa de livrar-se dessas marcas segue-se ao acordo de princípios fechado pela empresa no fim de semana para vender as unidades europeias Opel e Vauxhall para a fabricante de autopeças canadense Magna International.
A GM também informou que 16 partes já expressaram interesse na Saturn e que está em negociações com os possíveis compradores sobre a continuidade da linha de produtos da marca após a venda. Entre os interessados estão a gigante varejista do setor automotivo Penske Automotive Group e o grupo de private equity Black Oak Partners.
Lançada em 1984 com o objetivo de enfrentar a concorrência de estrangeiros, como a Toyota, a Saturn gerou bastante entusiasmo e gozou de reputação entre clientes de renda elevada, mas nunca apresentou a competitividade que a GM esperava.
A sueca Saab, por sua vez, informou que tem dinheiro suficiente para manter suas operações à tona por várias semanas, graças aos US$ 150 milhões que recebeu da GM em fevereiro. Até meados de maio, a marca sueca ainda possuía US$ 90 milhões desse empréstimo, e disse que não vai receber mais dinheiro da norte-americana concordatária.
"Teremos dinheiro suficiente para pagar salários e fornecedores e manter as operações até que saiamos do processo de reconstrução", disse a porta-voz Gunilla Gustavs. Ainda assim, o diretor financeiro da GM, Ray Young, disse a analistas que a empresa continua negociando a venda da marca com três partes interessadas. Ele acrescentou que o grupo deve dar prosseguimento também ao plano de separar-se da Pontiac. A marca sul-coreana GM Daewoo, porém, deve fazer parte da 'Nova GM' quando o grupo sair da concordata.
Fundada em 1908, a GM, que pediu concordata na segunda-feira (1º), fabrica carros e caminhões e emprega 235 mil pessoas em 34 países. No ano passado, o grupo vendeu 8,35 milhões de veículos em todo o mundo, sob as marcas Buick, Cadillac, Chevrolet, GMC, GM Daewoo, Holden, Hummer, Opel, Pontiac, Saab, Saturn, Vauxhall e Wuling. O maior mercado da montadora são os EUA, seguidos por China e Brasil.
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